Introduzir o aluno de psicologia e ciências humanas, em geral, a tópicos da filosofia contemporânea que tratam da questão da subjetividade, de sua concepção a sua relação com o outro, o mundo, a linguagem ou a sociedade.
A noção de subjetividade é central na psicologia, e discutir seus limites e possibilidades pode contribuir com a reflexão em suas pesquisas e fundamentos. O termo “si-mesmo” refere-se a uma definição mínima da noção de subjetividade, e o termo “figuras”, no plural, anuncia diferentes perspectivas ou configurações a respeito dessa definição.
Trata-se de investigar temas ou conceitos na filosofia contemporânea, com destaque para autores da fenomenologia francesa contemporânea, que têm interfaces com a psicologia, seus fundamentos e métodos: subjetividade, subjetivação, processos culturais, desejo, sexualidade, liberdade, alteridade, afetividade, amor, linguagem, finitude, doença, deficiência etc. Cada curso destacará parte desses temas ou autores para estudo. Sartre, Merleau-Ponty, Michel Henry, Lévinas, Jean-Luc Marion, Renaud Barbaras, David Lapoujade, Étienne Soriau, são alguns dos autores que poderão fazer parte dos nossos estudos.
Abbagnano, N., (1998). Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, São Paulo. (Os verbetes
«amor» e «desejo»).
Barbaras, R., (2016). Le désir et le monde, Éditions Hermann, Paris.
Barbaras, R. (2011). “Percepção e movimento: O desejo como condição de possibilidade da experiência”, In Barbaras, R., Investigações fenomenológicas. Em direção a uma fenomenologia da vida, pp. 149-161. Curitiba: UFPR.
Barbaras, R. (2011). “Vida e consciência”, In Barbaras, R., Investigações fenomenológicas. Em direção a uma fenomenologia da vida, pp. 163-177. Curitiba: UFPR.
Barbaras, R. (2011). “A fenomenologia da vida e o problema da intencionalidade”, In Barbaras, R., Investigações fenomenológicas. Em direção a uma fenomenologia da vida, pp. 179-193. Curitiba: UFPR.
Bataille, G. (2017). O erotismo, ed. Autêntica, São Paulo.
Bimbenet, E. (2014). “A atenção conjunta (II): a partilha do mundo”, in Bimbenet, E., O animal que não sou mais, pp. 273-304. Curitiba: UFPR.
Boltanski, L. (1990). L'amour et la justice comme compétences. Paris : Éditions Métailié.
Butler, J. (2019). Vida precária : Os poderes do luto e da violência. São Paulo: ed. Autêntica.
Butler, J. (2021). Os sentidos do sujeito. São Paulo: ed. Autêntica.
Butler, J. (2015). Relatar a si mesmo: Crítica da violência ética. São Paulo: ed. Autêntica.
Esposito, R. (2003). Communitas: origen y destino de la comunidad, Amorrortu, Buenos Aires.
Fanon, F. (2020). São Paulo: Ubu Editora. Pele negra, máscaras brancas.
Furlan, R., (2012). "Desejo e formação de mundo em Sartre: breve contraponto com Merleau-Ponty", in Revista Memorandum, v. 22, Belo Horizonte. Disponível on-line.
Furlan, R. (2013). "A relação com o outro em Sartre", in Revista Memorandum, v. 24, Belo Horizonte. Disponível on-line.
Furlan, R. (2016). "O erotismo na filosofia de Merleau-Ponty", in Caminha, I.0. / Nóbrega, T.P. (Org.). Compêndio Merleau-Ponty, LiberArs, São Paulo.
Henry, M. (2014). Encarnação. Uma filosofia da carne, É Realizações, São Paulo.
Lapoujade, D. (2017). As existências mínimas. São Paulo: N-1 edições.
Lévinas, E. (2004). Entre nós, Ensaios sobre a alteridade. Petrópolis: Vozes.
Marion, J-L. (2003). Le phénomene érotique, Éditions Bérnard Grasset, Paris. (Há traduções em inglês e espanhol).
Marzano, M., (direção) (2007). Dictionnaire du corps, PUF, Paris. (Os verbetes « sexualité »,
« désir », « erotisme »). (Há tradução em português).
Merleau-Ponty, M., (1945/1994). « O corpo como ser sexuado », in Fenomenologia da Percepção, Martins Fontes, São Paulo.
Merleau-Ponty, M. (2000). “Natureza e Logos: o corpo humano", in A Natureza, Martins Fontes, São Paulo.
Sartre, J-P., (1943/1997). "As relações concretas com o outro", in O ser e o nada, Editora Vozes, Petrópolis.
Scruton, R. (2016). Desejo Sexual, uma investigação filosófica, Vide Editorial, Campinas.
Scruton, R. (2015). “O rosto da pessoa”, in Scruton, R., O Rosto de Deus. São Paulo: É Realizações.
Soriau, E. (2021). Diferentes modos de existência. São Paulo: n-1 edições.
O aluno deverá elaborar um ensaio, de 5 a 10 páginas (sem contar capa e referências bibliográficas), sobre o assunto estudado durante o curso.
A nota final seguirá as seguintes equivalências:
O conceito A equivale à nota final de 9,0 a 10,0
O conceito B equivale à nota final de 7,0 a 8,9
O conceito C equivale à nota final de 5,0 a 6,9
O conceito R equivale à nota final de 0 a 4,9