Intervenção e Pesquisa com Crianças e Adolescentes Considerados em Situação de Risco Psicossocial

5945776-6
Pós-Graduação

Origem:

Psicologia
Psicologia em Saúde e Desenvolvimento

Vigência

03/07/2017
03/07/2017
2017-06-29 00:00:00

Carga Horária

3 horas
3 horas
9 horas
90 horas
6
6 semanas

Responsável:

Marina Rezende Bazon
03/07/2017
03/07/2017
03/07/2017
29/06/2017



Oferecer aos alunos a oportunidade de estudar e refletir sobre a relação entre pesquisa, produção de conhecimento e intervenção, concernindo populações consideradas em situação de risco pessoal e social, dentro de uma abordagem desenvolvimentista. Assim, buscar-se-á criar condições para que eles: a) delineiem e articulem aspectos psicossociais envolvidos em dinâmicas (sob intervenção ou demandando por) que propiciam ou dificultam o desenvolvimento humano/social; b) analisem aspectos conceituais e metodológicos de pesquisas correlacionadas a programas de intervenção na área, bem como seus resultados.


Tendo em vista os avanços científicos e a notável produção de conhecimento no campo da Psicologia em geral, cabe dizer que a articulação entre o saber e o fazer (numa dialética entre ciência e tecnologia) se impõe, agora, e consiste em uma tarefa de grande monta. Neste contexto, é possível dizer que a relação entre pesquisa e intervenção também pode/deve ser tratada cientificamente, sendo esta um problema, ou melhor, um desafio que se coloca de maneira especial àqueles que se interessam pela a área em que se implementam ações voltadas às populações vivendo em situações sociais particularmente adversas, em que questões de direitos e desenvolvimento humanos coincidem.


Esta disciplina pretende, num primeiro momento, situar historicamente o conceito de infância/adolescência em situação de risco psicossocial e, em seguida, introduzir o tema das intervenções implementadas na área, acopladas a projetos de pesquisas, discutindo a metodologia empregada nestas duas dimensões, ou seja, o delineamento de pesquisas em intervenção preventiva, e os métodos utilizados para a avaliação dos resultados.

1) Infância e adolescência e programas de atendimento: perspectivas históricas;
2) Infância e adolescência em situação de risco psicossocial e pesquisas;
3) Pesquisa em intervenção preventiva: conceitos e delineamento;
4) Avaliação de programas de intervenção e pesquisas avaliativas;


Bazon, M. R. (2007). Maus-tratos na infância e adolescência: perspectiva dos mecanismos pessoais e coletivos de prevenção e intervenção. Ciênc. Saúde Coletiva, 12 (5), p. 1110-1112.

Bazon, M. R. (2002). Psicoeducação: teoria e prática para a intervenção junto a crianças e adolescentes em situação de risco psicossocial. Ribeirão Preto: HOLOS.

Bazon, M. R.; Azevedo, R. N.; Pestana, P. F. F. (2005). Intervenção de ajuda a crianças e adolescentes considerados em situação de risco psicossocial: o modelo da Psicoeducação (cap. IX). Em: L. L. Melo-Silva; M. A.dos Santos; C. P. Simon (orgs.) Formação em Psicologia: Percursos e Paradigmas. São Paulo: Vetor.

Bazon, M. R., Biasoli-Alves, Z. M. M. (2000). Avaliando a implementação de um modelo de atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco psicossocial. Rev. Bras. Crês. Desenv. Hum., 10 (1), pp. 61-73.

BAZON, M. R. ; KOMATSU, A. V. ; PANOSSA, I. R. ; ESTEVÃO, Ruth . Adolescente em conflito com a lei na perspectiva desenvolvimental. Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade, v. 1, p. 59-87, 2011.

BÉRGAMO, Lílian Paula D ; BAZON, M. R. . Abuso físico infantil: avaliando fatores de risco psicológicos em cuidadores notificados. Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS. Impresso) , v. 25, p. 256-264, 2012.
BÉRGAMO, Lílian Paula D ; BAZON, M. R. . Abuso físico infantil: analisando o estresse parental e o apoio social. Psicologia: Teoria e Pesquisa (UnB. Impresso), v. 27, p. 13-21, 2011.

Broad, B. (1999). Young people leaving care: moving towards ‘joined up’ solutions? Children & Society, 13, 81- 93.

Casas, F. (2005). Desafios atuais da Psicologia na Intervenção Social. 17 (2): 42-49.

Casas, F. (1998). Infancia: perspectivas psicosociales. Barcelona: Paidós.

Charlebois, P. (1998). Évaluation: un passe-temps pour chercheurs ou une nécessité pour les intervenants?. Revue Canadienne de Psycho-Éducation, 27(2), 253-269.

Cichetti, D.; Cohen, D.J. (1995). Developmental Psychopatology: Theory and Methods. New York: John Wiley & Sons, Inc

Edwards, R., Alldred, P. (1999). Children and young people’s views of social research: the case of research on home-school relations. Child Hood, 6(2), 261- 281.

Hurteau, M., Gagnon, R. (1987). Évalaution de programme, recherché evaluative et recherché. Revue Canadienne de Psycho-Éducation, 16(2), 91- 96.

Iwaniec, D., Herbert, M. (1999). Multidimensional approach to helping emotionally abused and neglected children and abusive parents. Children & Society, 13, 365- 379.

Lincoln, Y. S. (1986). L’évalaution des programmes en l’an 2000. Problçmes et solutions. In: M. Hurteau e N. A. Nadeau (Eds). L’évaluation: defies des années 80. (pp. 47 –67). Monographies en measures et evaluation, 4(1). Québec: Université Laval.

MARUSCHI, M. C. ; ESTEVÃO, Ruth ; BAZON, M. R. . Risco de persistência na conduta infracional em adolescentes:estudo exploratório. Estudos de Psicologia (PUCCAMP. Impresso), v. 29, p. 679s-687s, 2013.

Mrazek, P. J.; Haggerty R. J. (1994). Reducing risk for mental disordres: frontiers for preventive intervention research / Committee on prevention fo mental disorders, Division of Biobehavioral Sciences and Mental Disorders, Institut of Medicine. Washington: National Academy Press.

Sroufe, L. A. (1997). Psychopathology as an outcome of development. Development and Psychopathology, 9, 251-268.

Sroufe, L. A. (1984). The domain of developmental psychopathology. Child Development, 55, 17-29.

Tavares, J. (2001). Resiliência e Educação. SP: Cortez.


Vide Campo Obsevação


Participação dos alunos nas discussões em sala de aula;
Avaliação de trabalho escrito relativo a revisão sistemática de literatura de pesquisas sobre fatores de risco e proteção relacionados a uma problemática de desenvolvimento da escolha do aluno e articulação teórica e metodológica da revisão à uma proposta de intervenção em pesquisa.

Página Anterior