Reflexões para Contracolonizar, Descolonizar e Despatriarcalizar a Psicologia

5945171-1
Pós-Graduação

Origem:

Psicologia
Psicologia: Processos Culturais e Subjetivação

Vigência

08/06/2022
08/06/2022
2022-06-07 00:00:00

Carga Horária

8 horas
2 horas
2 horas
120 horas
8
10 semanas

Responsáveis:

Jose Francisco Miguel Henriques Bairrao
08/06/2022
08/06/2022
08/06/2022
07/06/2022

Liliana Parra-valencia
08/06/2022
08/06/2022
08/06/2022
07/06/2022



Geral:
Gerar processos de conscientização e reflexão crítica das alunas e dos alunos em torno da contracolonização, descolonização e despatriarcalização da psicologia moderna/colonial.

Específicos
 Conhecer os diferentes enquadramentos interpretativos e recursos teórico-metodológicos para descolonizar a Psicologia.
 Analisar as posições epistemológicas e metodológicas que sustentam a construção do conhecimento numa perspectiva contracolonial, decolonial e depatriarcal.
 Construir uma proposta contracolonial, descolonial e depatriarcal que contribua para a reflexão e abertura para psicologias outras.


A colonização e a colonialidade, desde o século XVI, impuseram relações de dominação étnico-racial, econômica, de gênero e epistemológica, sustentadas por estruturas modernas e coloniais. As experiências de resistência dos povos tradicionais/ancestrais inspiram o pensamento descolonial. Isso se configura em um campo de estudos do século XXI, no qual convergem diferentes autoras e autores críticos da hegemonia eurocêntrica do conhecimento. Neste contexto transhistórico e transatlântico, é importante a contracolonização, descolonização e despatriarcalização da Psicologia, enraizada nas estruturas modernas/coloniais.

O curso Reflexões para contracolonizar, descolonizar e despatriarcalizar a Psicologia, produto de duas investigações dos últimos 8 anos, propõe que a aluna e o aluno abordem as contribuições de Aníbal Quijano, do Grupo modernidade/colonialidade, os feminismos negros (Collins, 2018), a epistemologia ch'ixi (Rivera-Cusicanqui, 2010) e da biointeração (Bispo, 2015). Possibilita refletir sobre as posicionalidades, o ponto de vista das mulheres negras, a experiência, a formação, a construção do conhecimento e a pesquisa psicológica. Inclui também o acompanhamento do processo de apropriação, com os relatórios e a peça comunicativa, que permitem fortalecer o processo de formação. É orientado por uma mulher, professora-pesquisadora da Colômbia, articulada à academia brasileira, desde 2017.


1. Apresentação e Introdução: Colonialismo e colonialidade
2. Contracolonização, descolonização e despatriarcalização
3. Feminismos negros descoloniais
4. Epistemologia ch'ixi
5. Biointeração / Bem viver
6. Cura descolonial em palenques e quilombos
7. Grupalidade curadora das práticas descolonizadoras
8. Peças comunicativas/artísticas (1ª parte)
9. Peças comunicativas/artísticas (2ª parte)
10. Encontro de feedback e encerramento


Básica

• Bispo, A. (2015). Colonização, quilombos: modos e significados. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia.
• Castro-Gómez, S. y Grosfoguel, R. (2007). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Siglo del Hombre. http://www.unsa.edu.ar/histocat/hamoderna/grosfoguelcastrogomez.pdf
• Collins, P. (2018). Epistemologia feminista negra. Em: J. Bernadino-Costa, N. Maldonado-Torres y R. Grosfoguel (eds.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. (pp. 152–188). Autêntica.
• Galindo, M. (2013). No se puede descolonizar sin despatriarcalizar. Teoría y propuesta de la despatriarcalización. Mujeres Creando.
• Lugones, M. (2008). Colonialidad y género. Tábula Rasa, 9, 73-101.
• Parra-Valencia, L., Fernandes, S. y Galindo. (2022). Psicología y descolonialidad. Saberes para curar en palenques y quilombos (Colombia - Brasil). Ediciones Universidad Cooperativa de Colombia. En prensa.
• Quijano, A. (1992). Colonialidad y modernidad/racionalidad. Perú Indígena 13 (29), 11–20. https://www.lavaca.org/wp-content/uploads/2016/04/quijano.pdf
• Quijano, A. (2007). Colonialidad del poder y clasificación social. En: S. Castro-Gómez y R. Grosfoguel. El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. (pp. 93-126). Siglo del Hombre.
• Rivera-Cusicanqui, S. (2010). Ch’ixinakax utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Tinta Limón. https://chixinakax.files.wordpress.com/2010/07/silvia-rivera-cusicanqui.pdf
• Rivera-Cusicanqui, S. (2015). Sociología de la imagen Miradas ch’ixi desde la historia andina. Tinta Limón.
• Viveros, M. (2019). Black feminism: teoría crítica, violencias y racismo. Universidad Nacional de Colombia.

Bibliografía complementar

• Barriteau, V. (2011). Aportaciones del feminismo negro al pensamiento feminista: una perspectiva caribeña. Boletín Ecos. Fuhem., N° 14(Madrid), 1-17. www.fuhem.es/cip-ecosocial
• Bispo, A. (2018). Somos da terra. Piseagrama, 12, 44-51. https://piseagrama.org/somos-da-terra/
• Carneiro, S. (2001). Ennegrecer el feminismo. En: R. Campoalegre y K. Bidaseca. (2017). Más allá del decenio de los pueblos afrodescendientes. Clacso
• Grosfoguel. R. (2013). Racismo/sexismo epistémico, universidades occidentalizadas y los cuatro genocidios/ epistemicidios del largo siglo XVI. Tabula Rasa, 19, 31-58.
• Lugones, M. (2018). Hacia metodologías de la decolonialidad. En: X. Leyva, J. Alonso, A. Hernández, A. Escobar, A. Köhler (et al). Prácticas otras de conocimiento(s). Entre crisis, entre guerras. Tomo III (pp. 75-92). Clacso Editores.
• Parra-Valencia, L. (2020). Clínica PsicoSocial. Una propuesta crítica y alternativa para Améfrica Ladina. Ediciones Cátedra Libre. https://www.researchgate.net/publication/348607521_Clinica_PsicoSocial_Una_propuesta_critica_y_alternativa_para_Amefrica_Ladina
• _____. (2022). Grupalidad curadora. Prácticas cotidianas, comunitarias y descoloniales. Ediciones Universidad Cooperativa de Colombia. En prensa.
• Solón, P. (2016). ¿Es posible el Vivir Bien?. (pp.17-32). Lera edición.
• Solón, P. (2020). Bem viver. Em: Alternativas sistêmicas: Bem viver, descrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da mãe terra e desglobalização. (pp.19-64). Ed. Elefante.
• Walsh, C. (Ed.). (2013). Gritos, grietas y siembras de vida: Entretejeres de lo pedagógico y lo decolonial. En: Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo II. (pp. 17-48). Ediciones Abya-Yala. https://ayalaboratorio.files.wordpress.com/2018/03/catherine-walsh-pedagogc3adas-decoloniales-volume-ii.pdf

Documentarios:

• Conversa del Mundo - Silvia Rivera Cusicanqui y Boaventura de Sousa Santos.
https://www.youtube.com/watch?v=xjgHfSrLnpU&t=862s
• Ferreira da Silva, Denise (2019). Corpus infinitun. https://youtu.be/ZfQnJZgxQlE
• Fórum recebe Ailton Krenak e Suely Rolnik. https://www.youtube.com/watch?v=k5SP0GHjWfw
• Parra-Valencia, L. (2018). Saberes de los Montes de María. Documental. Investigación PsicoPaz. Programa de Psicología. Bogotá: Universidad Cooperativa de Colombia. https://www.youtube.com/watch?v=JSX9ZDicjU0


Elaboração de relatórios 40%
Construção de peças comunicativas/artísticas 60%


O curso será ministrado online (100%) em espanhol e em português. Será utilizada a Plataforma Google Meet para as aulas virtuais e o controle de frequência. Aos alunos que o preferirem será facultado acesso a uma sala de aula e equipamentos para o acesso online. Um dos docentes estará presencialmente no Campus para efeito dessa garantia. As aulas serão síncronas com a duração de 2horas, gravadas e disponibilizadas aos estudantes para efeito de estudo e consulta. O acesso e eventual aquisição da bibliografia indicada é de responsabilidade dos alunos, sendo que preferencialmente e sempre que houver essa opção serão indicadas referências online. Os documentários serão transmitidos online. Os alunos que optem por permanecer fora do Campus devem assegurar por conta própria o acesso a dispositivos com microfone e câmera. Além de atividades síncronas, será criado um grupo de WhatsApp da disciplina para o estudo em rede. Os docentes estarão disponíveis fora da aula síncrona para esclarecimento de dúvidas online e discussões em períodos a serem agendados.

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