Epistemologia das Ciências Humanas

5945164-1
Pós-Graduação

Origem:

Psicologia
Psicologia em Saúde e Desenvolvimento

Vigência

05/03/2020
05/03/2020
2020-02-20 00:00:00

Carga Horária

3 horas
0 horas
9 horas
120 horas
8
10 semanas

Responsável:

Reinaldo Furlan
05/03/2020
05/03/2020
05/03/2020
20/02/2020



Geral: Propiciar aos alunos de Pós-Graduação reflexões sobre os fundamentos teóricos e epistemológicos de diferentes campos de pesquisa na área das ciências humanas.
Específico: Propiciar aos alunos de Pós-Graduação em Psicologia reflexões sobre os fundamentos teóricos e epistemológicos de seus objetos de pesquisa e suas interfaces com outros saberes das ciências humanas.


Considerando o caráter problemático dos objetos de pesquisa da psicologia, e suas interfaces com diferentes áreas de saber das ciências humanas, a relevância da disciplina se encontra na possibilidade que o aluno terá de amadurecer e aprimorar, modificar ou abrir novas direções de pensamento na realização de suas pesquisas, do ponto de vista da reflexão crítica sobre seus fundamentos teóricos e epistemológicos.


A partir do estudo de referências bibliográficas que compõem a disciplina, e que cumprem sobretudo a função de abertura e sugestão de temas para pesquisa, trabalharemos um horizonte plural de reflexões teóricas e epistemológicas sobre as ciências humanas, e a psicologia em particular. Como as possibilidades de leituras e reflexões de diferentes perspectivas epistemológicas são múltiplas, os alunos também serão convidados a escolher os temas cujo estudo desejam aprofundar ou que possam responder melhor às suas questões na realização de suas pesquisas no Programa, podendo, inclusive, contribuir com a programação da disciplina, a partir de seus referenciais de pesquisa. Dessa forma, procuraremos realizar, ao lado da exposição de temas e questões que compõem a programação da disciplina, um trabalho de reflexão multidisciplinar, a partir dos interesses de pesquisa dos alunos.


ARENDT, H. (2000). Entre o passado e o futuro, ed. Perspectiva, São Paulo. (Capítulos 1 e 2: A tradição e a Época Moderna; O conceito de história – Antigo e Moderno).
BIMBENET, E. (2014). O animal que não sou mais, ed. UFPR, Curitiba.
BOURDIEU, P. (2001). Meditações pascalinas, ed. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro.
BOURDIEU, P. (2008). Compreender, in A miséria do mundo, ed. Vozes, Petrópolis.
BRETON, D. LE (2011). Antropologia do corpo e modernidade, ed. Vozes, Petrópolis.
BURKE, P. (2008). O que é história cultural?, 2ª. edição, ed. Zahar, Rio de Janeiro.
BURKE, P. (2012). História e teoria social, 2ª. edição, ed. Unesp, São Paulo.
CASTORIADIS, C. (1987). As encruzilhadas do labirinto, Os domínios do homem, 2ª. edição, ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro.
CASTRO, E. V. de (2002). A inconstância da alma selvagem, e outros ensaios de antropologia, ed. Cosac Naif, São Paulo.
CASTRO, E. V. (2008). Eduardo Viveiros de Castro (org. Renato Sztutman), ed. Beco do Azougue, Rio de Janeiro.
CANGUILHEM, G., (2002). O Normal e o Patológico, 5ª. edição, ed. Forense Universitária, Rio de Janeiro. (Original publicado em 1966).
CHALMERS, A. (1993). O que é ciência, afinal? ed. Brasiliense, São Paulo.
DELEUZE, G. (2003). A propósito de Simondon, ed. Hucitec/Educ, São Paulo.
DELEUZE, G., GUATTARI, F. (1995). 1914 – Um só ou vários lobos?, in Mil Platôs, v. 1, ed. 34, São Paulo.
DOSSE, F. (2001). A história à prova do tempo, Da história em migalhas ao resgate do sentido, ed. Unesp, São Paulo.
FERREIRA, M.M. e AMADO, J. (Org.), Usos & abusos da História Oral, ed. FGV, Rio de Janeiro.
FOUCAULT, M., (1999). As Palavras e as Coisas, uma arqueologia das Ciências Humanas, 8ª. edição, ed. Martins Fontes, São Paulo. (Original publicado em 1966).
FOUCAULT, M., (1979). Nietzsche, a genealogia e a história, in Microfísica do Poder, 13ª. edição, ed. Graal, Rio de Janeiro.
FOUCAULT, M. (1993). História da Sexualidade, A vontade de saber, 11ª. edição, ed. Graal, Rio de Janeiro.
FOUCAULT, M. (2013). Ditos e Escritos, v.2, Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento, 3ª. edição, ed. Forense Universitária, Rio de Janeiro.
FOUCAULT, M. (2012). Ditos e Escritos, v.5, Ética, Sexualidade, Política, 3ª. edição, ed. Forense Universitária, Rio de Janeiro.
FURLAN, R. (2008). A questão do método na psicologia, Psicologia em Estudo, Maringá, v.13, n.1, pp. 25-33.
FURLAN, R. (1999). Freud, Politzer, Merleau-Ponty, Rev. Psicologia USP, v. 10 n. 2, São Paulo.
FURLAN, R. (2001). Objetivismo, intelectualismo e experiência do corpo próprio, Revista Natureza Humana, v. 3, n. 2, São Paulo.
FURLAN, R. (2016). A importância da discussão sobre a noção de sujeito: Foucault, Sartre, Merleau-Ponty. Revista Educação e Pesquisa, v. 43, n.4. São Paulo: Faculdade de Educação-USP, pp. 1035-1054.
FURLAN, R. (2017). Merleau-Ponty e a psicossociologia, in Caminha, I. O. e Abath, A. J. (orgs.) Merleau-Ponty e a psicologia, ed. LiberArs, São Paulo.
FURLAN, R. (2017). Reflexões sobre o método nas ciências humanas: quantitativo ou qualitativo, teorias e ideologias, Psicologia USP, São Paulo, v. 28, n.1, pp. 83-92.
GENNART, M. (2011). Corporéité et présence, Jalons pour une approche du corps dans la psychose, ed. Le Cercle Herméneutique, Paris.
GREEN, A. (org.) (2003). Psicanálise contemporânea, Revista Francesa de Psicanálise, número especial, ed. Imago, São Paulo.
HABERMAS, J. (1983). Conhecimento e interesse, in Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno, Coleção Os Pensadores, ed. Abril Cultural, São Paulo.
HABERMAS, J. (1983). Técnica e ciência enquanto ideologia, in Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno, Coleção Os Pensadores, ed. Abril Cultural, São Paulo.
HARVEY, D. (2017). Condição pós-moderna, 26a. reimpressão, ed. Loyola, São Paulo.
HORKHEIMER, M. (1883). Teoria tradicional e teoria crítica, in Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno, Coleção Os Pensadores, ed. Abril Cultural, São Paulo.
HORKHEIMER, M. (1883). Filosofia e teoria crítica, in Benjamin, Habermas, Horkheimer, Adorno, Coleção Os Pensadores, ed. Abril Cultural, São Paulo.
HUSSERL, E. (2012). A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental: Uma Introdução à Filosofia Fenomenológica, ed. Forense Universitária, São Paulo. (Original publicado em 1954).
HUSSERL, E. (2013). A crise da humanidade europeia e a filosofia, Revista Kairos, Lisboa. (Conferência proferida em 1935).
INCIDENCE 4-5, philosophie, littérature, sciences humaines et sociales (2008-2009). Foucault et la psychanalyse, « Il faut être juste avec Freud... », Éditions du Félin, Paris.
JONAS, H. (2004). O princípio vida, ed. Vozes, Petrópolis.
KARSENTI, B. (1997). L’homme total, Sociologie, anthropologie et philosophie chez Marcel Mauss, ed. PUF, Paris.
LATOUR, B. (2000). Jamais fomos modernos, Ensaio de antropologia simétrica, ed. 34, São Paulo.
MAIZZA, F. (2012). Cosmografia de um mundo perigoso, Espaço e relações de afinidade entre os Jarawara da Amazônia, ed. Nankin e Edusp, São Paulo. (A introdução apresenta os pressupostos teóricos da pesquisa, discutindo as antropologias de Viveiros de Castro, Bruno Latour e Philipe Descola).
MARANDOLA JR., E., HOLZRE W., OLIVEIRA, L. (orgs.) (2014). Qual o espaço do lugar? Geografia, epistemologia, fenomenologia, ed. Perspectiva, São Paulo.
MERLEAU-PONTY (2006). A estrutura do comportamento, ed. Martins Fontes, São Paulo. (Original publicado em 1942).
MERLEAU-PONTY (1994). Fenomenologia da percepção, ed. Martins Fontes, São Paulo. (Original publicado em 1945).
MERLEAU-PONTY (2006). Psicologia e pedagogia da criança, ed. Martins Fontes, São Paulo. (Curso na Sorbonne 1949-1952).
MERLEAU-PONTY (1984). O metafísico no homem, in Merleau-Ponty, Coleção Os Pensadores, São Paulo, ed. Abril Cultural.
MERLEAU-PONTY (1984). De Mauss a Claude Lévi-Strauss, in Merleau-Ponty, Coleção Os Pensadores, São Paulo, ed. Abril Cultural.
MERLEAU-PONTY (1991). O homem e a adversidade, in Signos, ed. Martins Fontes, São Paulo.
PETERS, M. (2000). Pós-estruturalismo e filosofia da diferença, uma introdução, ed. Autêntica, Belo Horizonte.
PIETTE A. (2011). Fondements à une anthropologie des hommes, ed. Hermann, Paris.
POLITZER, G. (1998). Crítica dos fundamentos da psicologia, A psicologia e a psicanálise, ed. Unimep, Piracicaba. (Original publicado em 1928).
POPPER, K. (2016). Popper, Textos escolhidos (Miller, D. org.), ed. Contraponto e PUC-Rio, Rio de Janeiro.
SANTOS, M. (2012). A natureza do espaço, Técnica e Tempo, Razão e Emoção, ed. Edusp, São Paulo
SARTRE, J.P. (1978). Questão de Método, Coleção Os Pensadores, São Paulo, ed. Abril Cultural. (Original publicado em 1960.
SIMONDON, G. (2003). A gênese do indivíduo, ed. Hucitec/Educ, São Paulo.
TATOSSIAN, A. (2001). Culturas e psiquiatria, Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 4, n. 3, São Paulo.
TAYLOR, C. (1985). Human agency and language, Cambridge University Press, London, New York.
VARELA, F. J. (2003). O reencantamento do concreto, ed. Hucitec/Educ, São Paulo.


Vide Campo Observação


Forma de avaliação: A avaliação ocorrerá em duas etapas. Na primeira, o aluno será avaliado sobre sua participação nas aulas e seminários, em particular na apresentação de seminário (individual, em dupla ou em grupo de três) sobre tema escolhido na disciplina, que compõe com seus interesses de pesquisas. A segunda etapa da avaliação será a realização de um ensaio (mínimo de 7páginas) sobre tema estudado durante o curso. O ensaio deve refletir o aproveitamento da disciplina pelo aluno.

Página Anterior