- Fornecer informações teóricas e permitir a experiência prática aos alunos do PPG Biologia Comparada, assim permitindo a sua a utilização em projetos de pesquisa na área de Taxonomia Integrativa;
- Identificar os dados relevantes para a utilização destes em estudos de taxonomia integrativa;
- Aplicar principais métodos aos dados selecionados a partir da literatura, como uma forma de exercitar o raciocínio sobre o tema.
- Realizar discussões sobre os principais métodos de delimitação de espécies e de integração de dados em estudos de biodiversidade animal;
- Debater sobre a importância dos estudos de taxonomia integrativa para a conservação de espécies ameaçadas e o manejo de espécies invasoras.
A taxonomia integrativa propõe uma abordagem plural de questões em diferentes níveis taxonômicos, combinando dados morfológicos da taxonomia tradicional, com outras ferramentas, como marcadores moleculares, dados ecológicos e populacionais, distribuição, entre outros. Assim, elucidando, por exemplo, desde problemas em níveis populacionais até questões supragenéricas. Esta abordagem recente tem sido útil em estudos da biodiversidade, na avaliação e reconhecimento de espécies crípticas, na identificação de espécies invasoras, na compreensão dos processos evolutivos, biogeografia e conservação de táxons. O proponente tem como linha de pesquisa principal a taxonomia integrativa de crustáceos, tendo realizado seu doutorado e pós-doutorado nessa área e escrito artigos e capítulos de livro envolvendo esse tema. Com base nisso, o docente busca compartilhar essa experiência e o conhecimento adquirido com os alunos do curso de pós-graduação. A proposta se torna transversal no Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada da FFCLRP USP, visto que as abordagens teóricas e práticas da taxonomia integrativa não se limitam a aplicabilidade em um táxon específico ou método de aquisição de dados.
1. Histórico da Taxonomia Integrativa;
2. A taxonomia na era da internet;
3. DNA Barcoding.
4. Tipos de dados (morfológicos, morfométricos, moleculares, químicos, ecológicos, paleontológicos, cromossômicos);
5. Integração de dados por congruência e acumulação.
6. Conceitos de espécie;
7. Espécies crípticas e taxonomia integrativa;
8. Métodos de delimitação de espécies (Teórica e Prática): Mitochondrial Tree - Morphological Character Congruence; The Wiens and Penkrot protocol; Integrative Taxonomy; The Poisson Tree Process (PTP) Method; General Mixed Yule Coalescent Method (GMYC, Single Threshold Algorithm); Automatic Barcode Gap Discovery (ABGD); K/θ Method
9. Uso da Taxonomia Integrativa na Conservação de espécies ameaçadas e Manejo de Espécies Invasoras.
10. Padronização de métodos para estudos de taxonomia integrativa
11. O futuro da Taxonomia Integrativa
Cesar, R.; Ivanicevic, J.; Chevaldonne, P.; Ereskovsky, A. V.; Boury-Esnault, N.; Vacelet, J.; Perez, T. 2015. Integrative taxonomic description of Plakina kanaky, a new polychromatic sponge species from New Caledonia (Porifera: Homoscleromorpha). Marine Ecology, 36: 1129–1143.
Conix, S. 2018. Integrative taxonomy and the operationalization of evolutionary independence. European Journal for Philosophical of Science, 8(3): 587–603.
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Heethoff, M.; Laumann, M.; Weigmann, G.; Raspotnig, G. 2011. Integrative taxonomy: Combining morphological, molecular and chemical data for species delineation in the parthenogenetic Trhypochthonius tectorum complex (Acari, Oribatida, Trhypochthoniidae). Frontiers in Zoology, 8: 2.
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Mazzamuto, M.V.; Galimbert, A.; Cremonesi, G.; Pisanu, B.; Chapuis, J-L.; Stuyck, J.; Amori, G,; Su, H.; Aloise, G.; Preatoni, D.G.; Wauters, L.A.; Casiragui, M.; Martinoli, A. 2016. Preventing species invasion: A role for integrative taxonomy? Integrative Zoology, 11: 214–228.
Melville, J.; Smith, K.; Hobson, R.; Hunjan, S.; Shoo, L. 2014. The Role of Integrative Taxonomy in the Conservation Management of Cryptic Species: The Taxonomic Status of Endangered Earless Dragons (Agamidae: Tympanocryptis) in the Grasslands of Queensland, Australia. PLoS ONE, 9(7): e101847.
Miralles, A.; Vences, M. (2013) New metrics for comparison of taxonomies reveal striking discrepancies among species delimitation methods in madascincus lizards. PLoS ONE, 8(7): e68242.
Miranda, I.; Gomes, K.M.; Ribeiro, F.B.; Araujo, P.B.; Souty-Grosset, C.; Schubart, C.D. 2018. Molecular systematics reveals multiple lineages and cryptic speciation in the freshwater crayfish Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869) (Crustacea : Decapoda : Parastacidae). Invertebrate Systematics, 32, 1265–1281.
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Valdecasas, A.; Williams, D.; Wheeler, Q.D. 2008. ‘Integrative taxonomy’ then and now: a response to Dayrat (2005). Biological Journal of the Linnean Society. Linnean Society of London 93(1):211–216.
Resolução de atividades teórico-práticas (50%). Apresentação de um seminário sobre um artigo científico de Taxonomia Integrativa de algum grupo de Metazoa (a escolha de um aluno) (50%).
A nota final será calculada de acordo com a fórmula abaixo:
Nota final = (Nota das atividades teórico-práticas + Nota do seminário)/2
O conceito final será definido pelo seguinte intervalo de notas: 0 – 4 (R - reprovado), 5 – 6 (C), 7 – 8 (B) e 9 – 10 (A).
Modalidade de ensino: ( x ) Presencial; ( ) Remoto;
Justificativa (no caso de disciplinas oferecidas de forma remota ou híbrida, apresente a justificativa do não oferecimento de modo presencial):
Porcentagem não presencial (0-100%): 0
As aulas não presenciais serão: ( ) Síncronas; ( ) Assíncronas
Detalhamento das atividades a serem desenvolvidas de forma presencial e de forma remota, com discriminação do tempo das atividades realizadas: a disciplina será realizada em sua totalidade na modalidade presencial.
Detalhamento do material que será disponibilizado para os discentes: artigos científicos no formato de pdf.
Plataforma a ser utilizada: não será utilizada nenhuma plataforma online.
Descreva sobre a necessidade da presença do discentes e/ou docentes na Universidade: a presença será necessária em todas as atividades presenciais.
Descrição da interação entre discentes e docentes (frequência da interação, ferramentas a serem utilizadas, horários, e-mail, chat etc.): não haverá necessidade.
Forma de controle da frequência dos alunos nas aulas: presencial, através de lista de chamada.
Descrição da necessidade do uso de câmera e microfone por parte dos discentes: não haverá necessidade.