Estruturas Secretoras em Angiospermas – Morfologia, Função e Evolução

5925903-2
Pós-Graduação

Origem:

Biologia Comparada
Biologia Comparada

Vigência

05/12/2019
05/12/2019
2019-11-25 00:00:00

Carga Horária

12 horas
12 horas
6 horas
60 horas
4
2 semanas

Responsável:

Simone de Pádua Teixeira
05/12/2019
05/12/2019
05/12/2019
25/11/2019



A disciplina tem como objetivos proporcionar ao aluno capacidade de reconhecer os diferentes tipos de estruturas secretoras presentes nas Angiospermas e entender sua função. Além disso, a disciplina pretende apresentar algumas ferramentas utilizadas para o estudo destas estruturas e discutir seus aspectos evolutivos. Para tal, a morfologia e o desenvolvimento de estruturas secretoras em Angiospermas será apresentada. A função dessas estruturas será relacionada a sua morfologia, localização no corpo da planta, o tipo de exsudato produzido e a dinâmica de secreção deste exsudato. A evolução de alguns tipos de estruturas secretoras será apresentada em grupos modelo. Como ferramentas de aprendizado, serão fornecidos materiais vegetais, reagentes, lâminas e lamínulas para a preparação de lâminas histológicas e lâminas já prontas para observações em microscopia de luz.


As estruturas secretoras dos vegetais são responsáveis pela produção, armazenamento e liberação de uma grande variedade de compostos químicos. Tais estruturas podem ser células individuais especializadas ou estruturas multicelulares e exibem uma grande diversidade morfológica. Essa diversidade provê características de grande valor taxonômico, sendo que alguns grupos são reconhecidos pelo tipo de estrutura secretora que apresentam. Exemplos são as cavidades secretoras em Rutaceae, os lacitíferos em Moraceae e as glândulas em anteras de Mimosoideae (Leguminosae). Nas plantas vasculares, os compostos químicos produzidos pelas glândulas fornecem meios de interação com animais, outras plantas e microrganismos para diversos processos, principalmente transporte de pólen e proteção da planta contra herbívoros, o que também confere as glândulas uma grande importância ecológica. O desenvolvimento das estruturas secretoras pode ocorrer a partir de diferentes tecidos meristemáticos e, em geral, a localização dos tecidos secretores na planta e o tipo de exsudato produzido variam de acordo com a sua função. Todas essas características fazem com que as estruturas secretoras tenham um interesse evolutivo especial. Dessa forma, o estudo de estruturas secretoras é multidisciplinar e pode contribuir para a formação de anatomistas, taxonomistas, ecólogos.


- Conceito de estrutura secretora;
- Critérios para classificação das estruturas secretoras;
- Tricomas secretores – diversidade morfológica, desenvolvimento e funções;
- Emergências secretoras – diversidade morfológica, desenvolvimento e funções;
- Idioblasto secretor – diversidade morfológica e funções;
- Canais e cavidades secretores – diversidade morfológica, desenvolvimento e funções;
- Laticíferos – diversidade morfológica, desenvolvimento e funções;
- Nectários – diversidade morfológica e funções;
- Osmóforos – diversidade morfológica e funções;
- Elaióforos – diversidade morfológica e funções;
- Glândulas de resina – diversidade morfológica e funções;
- Hidatódios – diversidade morfológica e funções;
- Aspectos evolutivos – estudos de caso.


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Os alunos serão avaliados por relatórios de trabalhos práticos e apresentações orais de artigos publicados na área.


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