Sistemática e Evolução de Peixes Neotropicais de Água Doce

5925821-4
Pós-Graduação

Origem:

Biologia Comparada
Biologia Comparada

Vigência

01/12/2016
01/12/2016
2016-11-24 00:00:00

Carga Horária

10 horas
20 horas
0 horas
60 horas
4
2 semanas

Responsáveis:

Ricardo Macedo Corrêa e Castro
01/12/2016
02/12/2016
01/12/2016
24/11/2016

Flávio Alicino Bockmann
01/12/2016
02/12/2016
01/12/2016
24/11/2016



Gerais - introdução geral à taxonomia, sistemática, evolução, biogeografia e aspectos da biologia dos peixes de água doce neotropicais (com ênfase especial dada aos grupos taxonômicos da ictiofauna brasileira). Específicos - estudo da taxonomia, sistemática (relações filogenéticas), anatomia externa e parte da interna (com exame detalhado de exemplares preservados em etanol 70% e diafanizados representativos de cada grupo taxonômico), distribuição geográfica, aspectos da evolução e biologia de: Geotriidae, Potamotrygonidae, Pristidae, Carcharhinidae, Megalopidae, Anguiliidae, Ophichthidae, Pristigasteridae, Engraulidae, Clupeidae, Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Ariidae, Galaxiidae, Bythitidae, Batrachoididae, Gobiesocidae, Atherinopsidae, Atherinidae, Belonidae, Hemirhampidae, Syngnathidae, Synbranchidae, Percichthyidae, Perciliidae, Sciaenidae, Mugilidae, Gobiidae, Achiridae e Tetraodontidae.


Das aproximadamente 60.000 espécies conhecidas de vertebrados viventes, em torno de 1.200 são peixes cartilaginosos e 31.000 são peixes ósseos; desse total, provavelmente cerca de 5.000 espécies pertencem à fauna de peixes de água doce da América do Sul que, juntamente com a porção da região neotropical situada na América Central e do Norte, é a mais rica e diversificada ictiofauna continental do planeta, contendo pelo menos 60 famílias e várias centenas de gêneros. O entendimento da taxonomia, história evolutiva, biogeografia e aspectos principais da biologia das espécies desta ictiofauna é de grande importância para o ser humano, tanto por razões científicas, devido à sua grande diversidade e antigüidade, quanto econômicas, uma vez que os peixes geralmente são objeto de pesca comercial e de subsistência onde quer que ocorram em números significativos.


Conteúdo programático: (obs.: cada tópico não corresponde necessariamente a uma aula). Parte teórica: Introdução geral à ictiofauna neotropical com uma breve análise da evolução histórica de seu conhecimento até atualidade. Breve revisão de conhecimentos básicos de ictiologia geral, filogenia, nomenclatura e classificação zoológicas. Estudo das principais bacias hidrográficas e províncias ictiofaunísticas neotropicais (com ênfase especial dada ao Brasil). 2. Sistemática, distribuição geográfica, noções de evolução e biologia de: - Characiformes; - Siluriformes; - Gymnotiformes; - Peixes da Divisão Primária (Lepidosirenidae, Arapaimidae e Polycentridae); - Peixes da Divisão Secundária (Lepisosteidae, Anablepidae, Cyprinodontidae, Rivulidae, Poeciliidae e Cichlidae); - Peixes da Divisão Periférica (Geotriidae, Potamotrygonidae, Pristidae, Carcharhinidae, Megalopidae, Anguiliidae, Ophichthidae, Pristigasteridae, Engraulidae, Clupeidae, Ariidae, Galaxiidae, Bythitidae, Batrachoididae, Gobiesocidae, Atherinopsidae, Atherinidae, Belonidae, Hemirhampidae, Syngnathidae, Synbranchidae; Percichthyidae, Perciliidae, Sciaenidae, Mugilidae, Gobiidae, Achiridae e Tetraodontidae). 3. Análise e discussão de tópicos atuais e problemas da ictiologia neotropical e geral. Parte prática: - Treinamento de identificação e estudo da morfologia externa e alguns aspectos da morfologia interna dos grupos citados acima, utilizando exemplares representativos fixados, diafanizados e montados como esqueletos em via seca. Metodologia de ensino: Aulas expositivas, seminários e aulas práticas (estudo de exemplares fixados).


ALBERT, J.S. & R.E. REIS (Eds.). 2011. Historical Biogeography of Neotropical Freshwater Fishes. University of California Press, Berkeley, 388 pp.
AMORIM, D.S. 1997. Elementos básicos de sistemática filogenética: 2a edição. Holos Editora e Sociedade Brasileira de Entomologia, Ribeirão Preto, 276 pp.
BÖHLKE, J.; S.H. WEITZMAN & N.A. MENEZES. 1978. Estado atual da sistemática de peixes de água doce da América do Sul. Acta Amaz., 8(4): 657-677.
BROOKS, D. & D.A. McLENNAN. 1991. Phylogeny, Ecology and Behaviour. The University of Chicago Press, Chicago, 434 pp.
BUCKUP, P.A., N.A. MENEZES & M.S. GHAZZI (Eds.). 2007. Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil. Museu Nacional, Rio de Janeiro, 195 pp.
BURGESS, W.E. 1989. An Atlas of Freshwater and Marine Catfishes. T.F.H. Publ., Neptune City, 784 pp.
COSTA, W.J.E.M. 1995. Pearl Killifishes: The Cynolebiatinae: Systematics and Biogeography of a Neotropical Annual Fish Subfamily (Cyprinodontiformes: Rivulidae. T.F.H. Publ., Neptune City, 128 pp.
COSTA, W.J.E.M. 2002. Peixes Anuais Brasileiros: Diversidade e Conservação. Editora da UFPR, Curitiba, 240 pp.
FOREY, P. L., C.J. HUMPRIES, I.L. KITCHING, R.W. SCOTLAND, D.J. SIEBERT & D.M. WILLIAMS. 1992. Cladistics: a Pratical Course in Systematics. Systematics Association Publication, no. 10. Oxford University Press Inc., New York. 191 pp.
GÉRY, J. 1969. The fresh-water fishes of South America. Pp. 828-848. In: E.J. FITTKAU et al. Biogeography and Ecology in South America. 2. Junk, The Hague.
GÉRY, J. 1977. Characoids of the World. T.F.H. Publ., Neptune, 672 pp.
GOLDSTEIN, R.J. 1988. Cichlids of the World. T.F.H. Publ., Neptune, 382 pp.
HELFMAN, G.S., B.B. COLLETE, D.E. FACEY & B.W. BOWEN. 1999. The Diversity of Fishes: Biology, Evolution, and Ecology. 2nd ed. Wiley-Blackwell, West Sussex, 720 pp.
LOWE Mc-CONNELL, R.H. 1975. Fish Communities in Tropical Freshwater: Their Distribution, Ecology and Evolution. Longman, New York, 337 pp.
LOWE Mc-CONNELL, R.H. 1987. Ecological Studies in Tropical Fish Communities. Cambridge Univ. Press, Cambridge, 382 pp.
LOWE Mc-CONNELL, R.H. 1999. Estudos Ecológicos em Comunidades de Peixes Tropicais. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 534 pp.
LUNDBERG, J.G. 1993. African-South American freshwater fish clades and continental drift: problems with a paradigm. Pp. 156-199. In: P. Goldblatt (Ed.). Biological relationships between Africa and South America. Yale Univ. Press, New Haven.
MAGO-LECCIA, F. 1994. Electric fishes of the continental waters of America. FUDECI, Caracas, 207 pp.
MALABARBA, L.R., R.E. REIS, R.P. VARI, Z.M.S. LUCENA & C.A.S. LUCENA (Eds.). 1998. Phylogeny and Classification of Neotropical Fishes. EDIPUCRS, Porto Alegre, 603 pp.
MENEZES, N.A., P.A. BUCKUP, J.L. FIGUEIREDO & R.L. MOURA (Eds.). 2003. Catálogo das Espécies de Peixes Marinhos do Brasil. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 160 pp.
MOYLE, P.B. & J.J. CECH Jr. 1996. Fishes: an Introduction to Ichthyology. 3rd ed. Prentice-Hall, New Jersey, 590 pp.
NELSON, G., & N. PLATNICK. 1981. Systematics and Biogeograghy. Cladistics and Vicariance. Columbia University Press, New York, 567 pp.
NELSON, J.S., T.C. GRANDE & M.V.H. WILSON. 2016. Fishes of the World. 5rd ed. John Wiley & Sons Inc., Hoboken, New Jersey, 707 pp.
NELSON, J.S., H. SCHULTZE & M.V.H. WILSON (Eds). 2011. Origin and Phylogenetic Interrelationships of Teleosts. Verlag Dr. Friedrich Pfeil, München, 480 pp.
REIS, R.E., S.O. KULLANDER & C.J. FERRARIS Jr. (Eds.). 2003. Check list of the freshwater fishes of South and Central America. Edipucrs, Porto Alegre, 729 pp.
STIASSNY, M.L., L.R. PARENTI & G.D. JOHNSON (Eds.). 1996. Interrelationships of fishes. Academic Press, San Diego, 496 pp.
VARI, R.P. & S.H. WEITZMAN. 1990. A review of the phylogenetic biogeography of the freshwater fishes of the South America. p. 381-393. In: G. Peters & R. Hutterer (Eds.), Vertebrates in the Tropics. In: Proceedings of the International Symposium on Vertebrate Biogeography and Systematics in the Tropics, Bonn, June 1989. Alexander Koenig Zoological Research Institute and Zoological Museum.
WILEY, E.O. 1981. Phylogenetics: the Theory and Practice of Phylogenetic Systematics. John Wiley & Sons Inc., New York, 439 pp.


Vide Campo Observação


Forma de avaliação:
A avaliação dos alunos será feita sob a forma de um trabalho monográfico, individual ou em dupla, confeccionado dentro do escopo da disciplina, e exibido como uma apresentação oral pública de até 45 minutos de duração, seguida de argüição (seminário).

Anterior