Esta disciplina tem três objetivos principais: (1) analisar as bases históricas sobre as quais a sistemática filogenética hennigiana se desenvolveu; (2) apreciar as contribuições efetivamente proporcionadas pela obra teórica de Willi Hennig; (3) discutir a incorporação da sistemática filogenética à Taxonomia moderna, particularmente por meio do uso de análises computacionais em estudos comparativos e incorporação de um arcabouço filosófico sofisticado nas apreciação e tratamento da biodiversidade.
O interesse pela realização de estudos comparativos, seja para a geração de hipóteses filogenéticas, seja para a interpretação da diversidade biológica, aumentou consideravelmente no nas últimas décadas. Isso se reflete pelo grande número de estudos utilizando hipóteses filogenéticas embasando pesquisas de abordagem comparada e evolutiva. O domínio dos conceitos mais fundamentais para apreciação e emprego da Biologia Comparada é crucial a qualquer investigação biológica básica ou aplicada, mas as discussões necessárias para tanto nem sempre têm acompanhado os avanços metodológicos. Nesta disciplina serão discutidos os alicerces conceituais e filosóficos que permitiram a proposição da Sistemática Filogenética por Willi Hennig há mais de seis décadas. O contexto de formulação das propostas hennigianas e sua aceitação e incorporação à prática taxonômica consistem de temas fascinantes na história da biologia moderna, cuja compreensão é valiosa para estudantes interessados nas pesquisas comparativas. Este curso incluirá uma exploração e uma avaliação crítica dos desenvolvimentos pós-hennigianos nos campos analíticos e conceituais que mais afetaram as práticas contemporâneas da sistemática.
História da sistemática e das ideias da Biologia Comparada, com ênfase na segunda metade do século XX. Sistemas de classificação. Métodos de detecção e circunscrição de grupos naturais e o desenvolvimento da Sistemática Filogenética. Filosofia e história da sistemática. Métodos e critérios de otimalidade para inferência filogenética. História da pesquisa morfológica e seu impacto sobre o desenvolvimento das ciências biológicas; sistemas naturais classificatórios; tipologismo e idealismo. O surgimento e desenvolvimento dos conceitos de “homologia” e a maturidade das ciências morfológicas. A sistemática filogenética como estudo analítico da morfologia. Relações entre definições de taxonomia, sistemática e biologia filogenética.
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Relatórios de atividades práticas (peso 4), prova escrita (peso 5) e participação ativa em discussões (peso 1).